How to structure your company to have organized software

Como estruturar sua empresa para ter um software bem organizado

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Ana Julia Marçal

Construisons ensemble votre succès

Como estruturar sua empresa para ter um software bem organizado

Um sistema de software bem estruturado é o mínimo necessário para o sucesso de qualquer empresa orientada por tecnologia. Neste artigo, apresentarei conceitos cruciais para organizar sua empresa de forma eficiente.

Domínio de negócio: o coração da sua empresa

O domínio de negócio representa a atividade principal de uma empresa. Ele engloba inovações, otimizações, conhecimento especializado e propriedade intelectual. É o que diferencia sua empresa no mercado, oferecendo uma vantagem competitiva.

Para ser eficaz, o domínio principal deve ser tratado como uma solução interna, desenvolvida com cuidado para atender às necessidades exclusivas do negócio.

 

Subdomínios: categorizando diferentes áreas do negócio

Nem todas as partes de um sistema têm a mesma complexidade ou valor estratégico. Por isso, devem ser classificadas como:

  1. Subdomínio principal (Core Subdomain)
    Representa a essência do negócio — naturalmente complexo e fonte de vantagem competitiva.
    Nunca deve ser negligenciado ou simplificado, pois é a parte mais valiosa.

  2. Subdomínio genérico (Generic Subdomain)
    Trata de problemas já resolvidos no mercado. Pode ser complexo, mas não traz vantagem competitiva.

Subdomínio de apoio (Supporting Subdomain)
Lida com problemas simples que auxiliam o negócio (ex.: registros de sistema, logs).

Especialistas no domínio e linguagem ubíqua

Trabalhar com especialistas no domínio — pessoas que entendem profundamente as regras e necessidades do negócio (geralmente os usuários finais) — é essencial.

A linguagem ubíqua é uma forma padronizada de comunicação utilizada por todos os envolvidos no projeto:

  • Elimina ambiguidade e jargões técnicos desnecessários.

  • Deve refletir tanto o domínio de negócio quanto os modelos dos especialistas.

Aplica-se em requisitos, testes, documentação e código.

 

Gerenciando modelos complexos com design estratégico

Os modelos de software devem ser úteis e coerentes, o que significa que as divisões funcionais precisam fazer sentido. Dividir o sistema em contextos delimitados (bounded contexts), implementados como serviços ou módulos independentes, é fundamental.

Integração entre contextos delimitados

A integração entre diferentes partes do sistema pode ser feita de diversas formas:

  1. Núcleo compartilhado (Shared Kernel)

    • Contratos de integração são compartilhados entre equipes.

    • Mudanças são custosas, pois impactam várias áreas.

  2. Cliente-Fornecedor (Customer-Supplier)

    • Uma equipe fornece serviços para outra.

    • Muitas vezes há desequilíbrio de poder.

  3. Conformista (Conformist)

    • A equipe “upstream” dita as regras, deixando pouca flexibilidade para a “downstream”.

    • Pode gerar frustração sem o suporte adequado.

  4. Camada anticorrupção (Anti-Corruption Layer)

    • Semelhante ao modelo conformista, mas com uma camada intermediária que protege o sistema downstream.

  5. Serviço de hospedagem aberto (Open Host Service)

    • O provedor separa a implementação interna da interface pública.

Permite evolução sem afetar os consumidores.

 

Conclusão

Os desafios diários de um desenvolvedor devem vir de problemas técnicos — não de complexidades desnecessárias. Eliminar ambiguidade no design garante um trabalho em equipe mais fluido. A existência de débitos técnicos é comum, porém deve haver sempre uma estratégia clara para evitar que eles se acumulem.

Um exemplo real de como bugs podem atrapalhar entregas está no quinto ponto do Joel Test: 12 passos para um código melhor, que descreve como a equipe do Microsoft Word levou anos para lançar funcionalidades por causa de uma dívida técnica massiva.
Nunca subestime o impacto dos bugs — pequenos problemas ignorados podem se transformar em obstáculos críticos.

 

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